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Nos sete primeiros meses de 2023, os dez maiores compradores da carne de frango brasileira foram responsáveis por aproximadamente dois terços do total exportado. Notavelmente, esses países ampliaram suas aquisições em mais de 13%, um índice significativamente acima do aumento de 2,67% observado pelos outros 151 importadores. 

Dentro desse seleto grupo de dez, Emirados Árabes Unidos e Países Baixos reduziram suas importações. No entanto, o quadro geral mantém-se praticamente inalterado em relação ao ano anterior, com o Iraque como única novidade entre os principais compradores. 

Em termos financeiros, enquanto apenas dois países tiveram queda no volume de importação, quatro apresentaram redução na receita devido ao declínio no preço médio da carne. Filipinas e México juntaram-se a Emirados Árabes e Arábia Saudita neste aspecto. Especificamente, as Filipinas viram sua receita diminuir em 16%, apesar do aumento de quase 4% nas importações. 

Já os Países Baixos, apesar de diminuírem suas compras em 5,15%, aumentaram sua receita em 2,5%. Esse fenômeno evidencia uma valorização no preço médio do frango, já que este país costuma investir em produtos de maior valor agregado, como a carne de frango salgada. Notavelmente, em termos de receita, os Países Baixos avançam para a quinta posição no ranking. 

Mas e o Japão, que em julho suspendeu as importações de Santa Catarina? A princípio, a decisão parece não ter afetado muito. Conforme os dados da SECEX/ME, o Japão adquiriu em julho mais de 37,5 mil toneladas, volume que está ligeiramente acima da média dos seis meses anteriores, fixada em 36.638 toneladas.